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Raffi Agop Sismanoglu, Alberto W. Setzer
ABSTRACT
Nowadays the Forest Fire Sciences and Pollution areas does not have monthly climatologycal estimates of the potential fire risk in agricultural areas yet. By this reason from the algorithm of determination of daily fire risk danger developed by INPE, were elaborated the first monthly maps. The maps throughout one year had been determined, with basis of the occurrences of 2003 (a normal year climatologically), basically using the precipitation data associated with the type of vegetation, air temperature and humidity and hot spots data from AVHRR carried on NOAA-12 satellite. The first results verified show that the epoch of strong fire risk, were correlated with the period of dry season or without precipitation (and can be associated with agricultural activities), so the periods most useful to practices of the fires had been from may to September in almost all the Country, especially in Brazilian Central Region, and from January to April in the sector north of the Amazonia. The monthly risks maps generated from the daily fire risk, had been also coherent with the respective maps of hot spots detected from NOAA-12. The goods results will motive a complete study of monthly risk with strong climatologically bases with 60 years series data.
RESUMO
Atualmente as reas de queimadas e poluio no dispem de estimativas climatolgicas mensais do potencial risco de incndios em reas agrcolas no pas. Por esse motivo elaborou os primeiros mapas mensais aplicando o algoritmo de determinao do risco dirio desenvolvido pelo INPE. Foram estimados os mapas ao longo de um ano, com base nas ocorrncias de 2003 que foi um ano normal climatologicamente, utilizando basicamente o histrico de precipitao associado ao tipo de vegetao, temperatura e umidade do ar alm dos dados de focos do AVHRR, do satlite NOAA-12 . Com base nos resultados, verificou-se a coerncia entre as pocas de maior risco de incndios com o perodo de pouca ou nenhuma precipitao (e que esta associada s atividades agrcolas), ou seja, os perodos mais propcios pratica das queimadas foram os meses de maio a setembro em quase todo o pais, em especial no Brasil Central, e de janeiro a abril no setor norte da amazonia. Os riscos mensais gerados a partir do risco de fogo dirio, tambm foram coerentes com os respectivos mapas de focos de calor do NOAA-12 , encorajando um estudo climatolgico dos termos das equaes do risco ao longo de 60 anos de dados.
INTRODUO
Diante da crescente problemtica ambiental causada pelos acelerados processos de desmatamento; desertificao; poluio do ar e queimadas, os estudos de climatologia tm evoludo rapidamente. medida que se aprofunda no tema, a questo das "queimadas" adquire relevncia. Em particular, as queimadas representam um dos mais importantes fatores ecolgicos na degradao e nas mudanas do meio ambiente. A vegetao apontada como um importante agente atenuante dos efeitos causados pelas interferncias humanas, principalmente do tocante alterao de elementos climticos que resultam em desconforto trmico e comprometem, inevitavelmente, a qualidade de vida. Por outro lado, as queimadas dessa vegetao so reconhecidamente responsveis pela degradao intensa do ambiente pela liberao de CO2 e outros gases de efeito estufa e do empobrecimento do solo, por causar danos ao ecossistemas (Freitas et al., 2004). Nos ltimos anos as queimadas em reas florestadas ou no tem aumentado muito e tornando-se mais freqentes devido aos fatores climticos e antrpicos. Apenas na Amaznia cerca de 400.000 km2 de floresta intacta eram altamente susceptveis ao fogo em 1998 durante a estao de queimadas (junho a novembro). Em geral, a sua distribuio espacial mostra que o fenmeno mais freqente em regies economicamente carentes, aonde o uso do fogo e as atividades de desmatamento so deliberadamente praticados. Atividades tursticas tambm podem desencadear incndios florestais como os verificados em Roraima e em vrias partes do Brasil Central. Nesta situao a determinao do risco de fogo de primordial importncia para a sua preveno e controle.
Entretanto, so raros ou inexistentes os estudos referentes s variaes sazonais e espaciais do potencial de risco de queimadas de origem antrpica em reas agrcolas, que as associam aos aspectos climticos.
As experincias adquiridas pelo monitoramento dirio das queimadas nas ltimas dcadas pelo HYPERLINK "http://www.inpe.br/" INPE/MCT, HYPERLINK "http://www.ibama.gov.br/" IBAMA/MMA e por outras instituies, comprovam que o ciclo anual de queimadas na Amrica do Sul tende ao respectivo padro de sazonalidade das chuvas e que no h variaes geogrficas significativas nas ocorrncias mensais ao longo dos anos. Excluindo efeitos climticos anmalos tais como "el-nio" e "la-nia" e as aes antropognicas pelas diversas razes, a localizao pontual dos focos no muda significativamente. Desse modo o presente trabalho visa, de modo inicial, preencher parte desta lacuna existente na literatura, reunindo estudos sobre a tendncia mensal do risco de fogo em diagnstico com os focos de calor detectados pelo sistema AVHRR do NOAA-12 e de fatores climticos que possuem alta correlao com a ocorrncia de queimadas, por exemplo, para o ano de 2003, como subsdio para os diversos setores de planejamento e de gesto e controle ambiental.
MATERIAL e MTODOS
Gerao do Mapa de risco
As estimativas mensais do risco de fogo foram feitas a partir do mtodo do clculo dirio, que utiliza dados histricos de precipitao de at 90 dias a partir do dia do clculo, temperatura mxima e umidade mnima do ar, alm do mapa de susceptibilidade (NDVI) ao fogo que substituiu o mapa de vegetao de 5 classes adotado em 1998. Conforme descrita em Sismanoglu e Setzer (2004b) a nova verso do modelo inclui a presena dos focos do NOAA-12 que tem a funo de correo do risco "anmalo" , i.e., se o modelo anterior (que no usa os focos) erra o valor do risco por 3 dias seguidos, na persistncia do foco e na ausncia de precipitao, o valor do risco passa a ser alto. Todos os mapas tm 25 km de resoluo.
As Figuras A1 e A2, abaixo mostram o histograma mensal dos focos de calor detectados do NOAA-12 em 2003, no Brasil e Venezuela respectivamente, que serviro de base para o presente estudo.
Figura A1. Histograma mensal dos focos de calor detectados pelo NOAA-12 , em 2003 no Pas.Figura A2. Histograma mensal dos focos de calor detectados pelo NOAA-12 , em 2003 na Venezuela.
Clculo do Risco de Fogo (RF)
O Risco de Fogo (RF) tambm chamado de "Risco Observado" a base terica de referncia para a determinao dos demais "riscos" aplicado pelo HYPERLINK "http://tucupi.cptec.inpe.br/queimadas" grupo de queimadas.
A seguir ser apresentada, resumidamente a seqncia de clculos do RF, estimados por Setzer*
Determina precipitao em mm nos perodos 1 dia , 2-4dias, 5-9 dias, 10-15 dias, 16-30 dias,-31-60 dias e 61-90 dias.
Cada classe de precipitao, possui uma funo exponencial f(x) variando de 0 a 1, chamados de "fatores de precipitao" que determinaro o perodo de secura (PSE) :
EMBED Equation.3 EMBED Equation.3
em que A constante para cada funo, variando de -0.00018, para 90 dias de chuva acumulada a -0.1156, para 1 dia de chuva acumulada e EMBED Equation.3 a precipitao em mm
Determina o nmero de Dias de Secura a partir dos fatores de precipitao.
EMBED Equation.3
Determina o risco de fogo "bsico" (mx.=0.9 dependendo de PSE ) p/ cada um dos 5 tipos de vegetao.
ClassVget
(n=1,5)Veget.1Veget.2Veget.3Veget.4Veget.5TipoVegetOmbr.densaOmbr.AbertaContato+CampinaranaEstacional+Decdua+Semi-DeciaualNo FlorestaConstte. A1.71522.434
Risco Bsico ( EMBED Equation.3 ) = EMBED Equation.3
Corrige o risco de fogo para a umidade relativa da tarde.
EMBED Equation.3 = EMBED Equation.3 ,
em que UR umidade relativa observada das 18UTC
Corrige o risco de fogo para a temperatura mxima
EMBED Equation.3 = EMBED Equation.3 ,
em que EMBED Equation.3 a temperatura observada das 18UTC
Determina o Risco de Fogo (RF, variando de 0, risco mnimo a 1, risco crtico)
EMBED Equation.3 eq. 01
Obs: De acordo com o mencionado por Sismanoglu e Setzer (2004a) o Risco de Fogo foi adaptado em 2004, para uma verso que inclui a presena dos focos detectados pelo NOAA-12 ou 16. Nesta verso, o RF forado para um valor alto (ex. 0,9) caso o RF padro, determinado conforme a equao 01, calcule como RF baixo ( < 0.4) um pixel no qual foi observado a presena de foco nos em pelo menos 1 dos 3 dias anteriores e que no houvesse registro de chuvas no local.
RESULTADOS
De acordo com a descrio anterior, o clculo do risco envolve diversos fatores climticos alm da vegetao. Os mapas mensais de precipitao contribuem em parte com a anlises dos riscos calculados servindo de referncias para justificar os focos. Deve-se considerar o mapa de risco como um conjunto de overlays maps de "n" fatores.
Outro aspecto importante envolve a densidade de dados observacionais de chuva e o alcance do Satlite NOAA, ou seja, o risco de fogo fortemente influenciado pela qualidade da interpolao desses elementos. A baixa densidade de dados nos pases do norte da Amrica do Sul (Venezuela, Colmbia, Equador e Guianas) e na Amazonia, tende a descaracterizar o risco de fogo nestes setores.
Com relao aos focos acumulados no ms, por limitaes tcnicas do alcance de varredura do Sistema Noaa nos pases acima da latitude Oo, a deteco e a quantificao dos focos afetada. A seguir sero apresentados os mapas mensais do risco de fogo, dos focos acumulados e da precipitao total de cada ms seguidos da discusso.
Janeiro
De acordo com a Figura 1, os riscos altos de fogo em reas vegetadas nesse ms so esperados que ocorram no norte da Amaznia especialmente em Roraima, norte do Amazonas e do Par e no setor leste da regio nordeste principalmente na Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraba, devido a estiagem, estando de acordo com os focos verificados na Figura 2 e com o padro de chuvas verificados na Figura 3 para esta poca do ano. No setor norte da Amrica do Sul (AS), o risco alto est de acordo com a grande presena dos focos na Venezuela, Colmbia.
Fig.01 Mapa de Risco mdio de Janeiro de 2003Fig.02 - Focos detectados pelo NOAA-12, 21 UTC de Janeiro de 2003Fig.03- Precipitao acumulada de Janeiro de 2003
Fevereiro
Os nveis de risco so pouco alterados com relao ao ms anterior. O risco de nvel alto passa para mdio no nordeste, porm tende a se intensificar no norte da Amaznia e no Paraguai de acordo com a figura 4. No Brasil, os focos atingem o menor nvel em ocorrncias contribuindo apenas com 10% do total verificados na AS.
Fig.04- Mapa de Risco mdio de Fevereiro de 2003Fig.05- Focos detectados pelo NOAA-12, 21 UTC de Fevereiro de 2003Fig.06 - Precipitao acumulada de Fevereiro de 2003
Maro
As queimadas no Brasil so destacadas apenas em RR estando de acordo com a reas de nveis alto e crtico do risco de fogo ( figura 07) alm com o mapa de precipitao. Na regio NE, apenas o leste da BA apresenta poucos focos de acordo com a figura 08. Na Venezuela, de acordo com o histograma mensal da figura A2, este ms normalmente mais crtico, quando se registram cerca de 2.900 focos de incndios.
Fig. 07 - Mapa de Risco mdio de Maro de 2003Fig. 08 - Focos detectados pelo NOAA-12, 21 UTC de Maro de 2003Fig. 09 - Precipitao acumulada de Maro de 2003
Abril
O risco alto e crtico predominante no primeiro trimestre tende a desaparecer em RR com o incio da pr-temporada de chuvas, especialmente no setor sul. No setor NE de RR os focos associados ao nvel de risco alto ainda esto presentes, acompanhando o ciclo solar de mudana da estao. No norte da AS os focos ainda esto presentes (figura 11), associados ao risco alto (figura 10). Na Venezuela a estiagem permanece presente e juntamente com o ms anterior, normalmente registra um dos meses mais crticos para as queimadas, de acordo com a figura A2 do histograma mensal..
Fig.10 - Mapa de Risco mdio de Abril de 2003Fig.11- Focos detectados pelo NOAA-12, 21 UTC de Abril de 2003Fig.12- Precipitao acumulada de Abril de 2003
Maio
Na figura 13 detecta-se o final da temporada dos risco altos em RR estando de acordo com os mapas dos focos (figura 14) e da precipitao normal neste perodo. Percebe-se tambm a diminuio no ritmo das queimadas no norte da AS onde na Venezuela e nos demais pases vizinhos, a temporada de queimadas se encerra, de acordo com o histograma mensal da figura A2. No Brasil Central, a pr-temporada das queimadas tende a recomear em especial no MT. Na regio SE poucos focos so verificados em SP e MG apesar da ausncia de chuvas (figura 15). No restante da AS, apenas o Paraguai apresenta focos no setor sul da pas.
Fig.13 - Mapa de Risco mdio de Maio de 2003Fig.14 - Focos detectados pelo NOAA-12, 21 UTC de Maio de 2003Fig.15 - Precipitao acumulada de Maio de 2003Junho
Neste ms termina o ciclo de queimadas no norte da AS com o estabelecimento da temporada de chuvas de acordo com as figuras 16, 17 e 18. No Brasil as regies Central, Sudeste e parte da regio NE, a temporada das queimadas se inicia com a tendncia de riscos altos e crticos especialmente no MT decorrentes da estiagem em toda a regio. No Paraguai os nveis de risco alto e mdio se mantm de acordo com os meses anteriores.
Fig.16 - Mapa de Risco mdio de Junho de 2003Fig.17 - Focos detectados pelo NOAA-12, 21 UTC de Junho de 2003Fig.18 - Precipitao acumulada de Junho de 2003
Julho
A forte estiagem dos ltimos 3 meses, mantm os nveis de riscos alto a crtico no Brasil Central e expande os focos para o sul da Amaznia, RO, Sul do PA e TO. (figuras 19 e 20). As regies NE e SU bem como o Peru, Paraguai e no norte da Argentina tambm so afetados pela estiagem, apresentando risco alto em seu domnio. No Brasil apenas o AM, norte do PA , AC e a regio Sul apresentam risco baixo de incndios estando coerentes com os mapas de chuvas e dos focos.
Fig.19 - Mapa de Risco mdio de Julho de 2003Fig.20 - Focos detectados pelo NOAA-12, 21 UTC de Julho de 2003Fig.21 - Precipitao acumulada de Julho de 2003
Agosto
Normalmente um dos meses mais crticos e preocupastes com relao s queimadas em toda a AS. De acordo com o mapa do risco da figura 22 correlacionando com os focos do ms (figura 23), a regio central do pais apresenta reas crticas na sua totalidade, com destaque no MT e as regies limtrofes de RO. Na Amaznia o sul do PA e TO apresentam o mesmo padro do ms anterior, porm com maior nmeros de focos detectados. O setor oeste da regio NE amplia as reas criticas em especial para o PI e MA. A regio SE mantm o padro de risco alto. Com relao aos outros pases, apesar do nmero elevadssimo de queimadas no Brasil, h equilbrio em termos de focos, em especial com o Paraguai, Norte da Argentina e no Peru que atinge o pico em termos de focos.
EMBED Word.Picture.8 Fig.22 - Mapa de Risco mdio de Agosto de 2003Fig.23 - Focos detectados pelo NOAA-12, 21 UTC de Agosto de 2003Fig.24 - Precipitao acumulada de Agosto de 2003Setembro
Certamente o ms mais crtico em toda a AS e no apenas no Brasil, de acordo com os mapas de risco e de focos desse perodo (figuras 25 e 26). Porm em funo da dimenso territorial e das conseqentes atividades agrcolas, o Brasil responde com 80 % dos 75.000 focos detectados pelo satlite NOAA-12 no perodo noturno. No Brasil, os focos so mais intensos no Sul da Amaznia, abrangendo o norte do MT, sul da AM, leste do PA e as regies fronteirias do TO, PA e MT. Em RO h diminuio parcial das queimadas em relao ao ms anterior, porm apresenta rea de risco mdio e alto. O NE apresenta reas integralmente com riscos alto e crtico em todos os Estado, em especial no MA, PI, leste da BA e PE. Na regio SE, o leste e norte de MG so os mais crticos.
Fig. 25 - Mapa de Risco mdio de Setembro de 2003Fig.26 - Focos detectados pelo NOAA-12 , 21 UTC de Setembro de 2003Fig.27 - Precipitao acumulada de Setembro de 2003
Outubro
Neste ms o tendncia das queimadas no Brasil Central reduzida com relao setembro, que o perodo mais crtico, porm ainda apresenta milhares de focos no MT. As reas crticas passam a ser observadas no norte da regio NE, especialmente no MA,PI, CE,PB, PE, e nos setores leste e sul da BA em funo da estiagem normal nesta poca do ano (figuras 28 a 30). Os setores norte, nordeste e leste de MG continuam sendo as reas mais crticas da regio SE.
EMBED Word.Picture.8 EMBED Word.Picture.8 Fig.28 - Mapa de Risco mdio de Outubro de 2003Fig.29 - Focos detectados pelo NOAA-12, 21 UTC de Outubro de 2003Fig.30 - Precipitao acumulada de Outubro de 2003
Novembro e Dezembro
No h diferenas significativas entre os dois meses, quando a temporada das queimadas comea a se descaracterizar com o reinicio das chuvas no Brasil Central, porm ainda permanecendo intensa na regio nordeste do NE e no norte do PA aonde a seca predomina. Nos demais pases da AS ainda em novembro, as queimadas so intensas, porm menos freqentes. Em RR, Venezuela e Colmbia, percebe-se a tendncia do reinicio da temporadas das queimadas em funo do risco alto no setor nordeste do estado. Em dezembro as queimadas tendem a se descaracterizar completamente.
Fig. 31 - Mapa de Risco mdio de Novembro de 2003Fig.32 - Focos detectados pelo NOAA-12,21 UTC de Novembro de 2003Fig.33 - Precipitao acumulada de Novembro de 2003Fig.34 - Mapa de Risco mdio de Dezembro de 2003Fig.35 - Focos detectados pelo NOAA-12, 21 UTC de Dezembro de 2003Fig.36 - Precipitao acumulada de Dezembro de 2003
Aplicaes do Risco de Fogo
O pr conhecimento das condies ambientais favorveis prtica das queimadas serve de apoio a instituies governamentais e a diferentes grupos da iniciativa privada responsveis pelo manejo e fiscalizao de reas protegidas. O apoio tem ocorrido tanto no diagnstico de situao, como nos prognsticos dirios do risco de acordo com os modelos numricos utilizados. A seguir, indicam-se trs exemplos operacionais que empregam os resultados (Sismanoglu e Setzer, 2004a).
a) Na Amaznia, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - Ibama, do Ministrio do Meio Ambiente, por meio do HYPERLINK "http://www2.ibama.gov.br/proarco/" PROARCO, o Programa de Preveno e Controle de Queimadas e Incndios Florestais na Amaznia Legal, identifica as reas de maior risco de ocorrncia de incndios florestai, integrado a um sistema de monitoramento e avaliao de risco para a tomada de decises. O sistema apoiado em tcnicas de geoprocessamento e previso meteorolgica.
b) Monitoramento dos focos em unidades de conservao A Coordenao Nacional do HYPERLINK "http://www2.ibama.gov.br/proarco/relatorio/boletimuc.doc" PREVFOGO, Sistema Nacional de Preveno e Combate aos Incndios Florestais do Ibama, informada diariamente da ocorrncia de focos de calor em Unidades de Conservao Federais e, caso seja confirmado incndio, em funo do nvel do risco do fogo, toma as providncias necessrias para o seu combate.
c) A HYPERLINK "http://www.novadutra.com.br/" concessionria Nova Dutra, que administra a Rodovia Presidente Dutra, entre RJ e SP, utiliza diariamente o risco de fogo nas margens da malha rodoviria de seu interesse por meio dos Centros de Controle de Operaes.
CONCLUSES e CONSIDERAES
(1) As qualidades das estimativas mensais do risco de fogo para a Amrica do Sul a partir do conhecimento dos risco dirios, foram satisfatrias na medida em que se compara com os focos acumulados e com a distribuio da precipitao;
(2) Os riscos mdios corresponderam com o ciclo sazonal (inicial e final) das queimadas e da precipitao nas diversas regies estudadas;
(3) os diferentes nveis de risco foram compatveis com a quantidade de focos, i.., risco alto e crtico coincidente com a maioria dos focos e mdio com menor nmero;
(4) na medida em que se dispusesse de mais dados, poder-se-ia reavaliar as estimativas mensais do risco;
(5) percebe-se que no apenas o Brasil pratica a queimada na AS: Paraguai, Peru, Venezuela, Colmbia e Argentina so exemplos de pases aonde o fogo indiscriminadamente usado para diversas finalidades.
(6) em RR a temporada tende a se iniciar em novembro terminando em maro; no Brasil Central a pr-temporada das queimadas associado com o risco alto, comea em maio e termina em outubro; no NE do Brasil, comea em julho sendo o outubro o ms mais crtico; em setembro as queimadas so as mais intensas especialmente na Amaznia, em particular no Par.
(7) estes resultados iniciais motivaro um estudo mais complexo a cerca da climatologia das queimadas, analisando e determinando cada membro da equao do RF em termos de mdias climatolgicas de 60 anos, para obter-se melhor representatividade do RF mensal.
AGRADECIMENTOS
Os autores desejam expressar o apreo s diversas pessoas e Instituies Pblicas que colaboraram ou financiaram diretamente execuo destes trabalhos, em especial o INPE, IBAMA/PNUD pelo apoio tcnico e financeiro e s equipes do DSA e do Cptec.
REFERNCIAS
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IBAMA/MMA - Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis. Disponvel em: . Acesso em: 15 maro 2004.
INPE/MCT- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, CPTEC.Disponvel em: . Acesso em: 15 maro 2004.
Nova Dutra. Concessionria Nova Dutra. Disponvel em: . Acesso em: 15 maro 2004.
PrevFogo Sistema Nacional de Preveno e Combate aos Incndios Florestais. Disponvel em: . Acesso em: 12 jan. 2004.
Proarco. Sistema Nacional de Preveno e Combate aos Incndios Florestais. Disponvel em: . Acesso em: 5 maio 2004.
Setzer*, Alberto W. (Pesquisador INPE). Comunicao Pessoal. (25 set. 2002).
Setzer et al., 1992. O uso de satlites NOAA na deteco de queimadas no Brasil. Climanlise, 7 (8): 40-53, agosto/1992.
Sismanoglu, R.A. e Setzer, A.W. Risco de Fogo para a vegetao da Amrica do Sul: Comparao de duas verses para 2003. In: Congresso Brasileiro de Meteorologia, 13, 2004, Fortaleza, CE, Anais. Fortaleza: Sociedade Brasileira de Meteorologia, 2004a.(Submetido).
Sismanoglu, R.A. e Setzer, A.W., 2004. Avaliao da Previso do Risco de Fogo desenvolvida no INPE aplicando o ETA: Anlise objetiva e comparativa entre duas verses para 2003. In: Congresso Brasileiro de Meteorologia, 13, 2004, Fortaleza, CE, Anais...Fortaleza: Sociedade Brasileira de Meteorologia, 2004b.(Submetido).
Centro de Previso de Tempo e Estudos Climticos- CPTEC
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais- INPE, Brasil
Rod. Presidente Dutra, Km.39, Cachoeira Paulista, S.P. (12) 31869323
raffi@cptec.inpe.br
CPTEC/INPE - asetzer@cptec.inpe.br
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